quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Explosão de bomba em mercado no Chile deixa mulher ferida

Funcionária sofreu danos auditivos e outras lesões.
Explosão ocorre um dia após bombas deixarem 14 feridos em Santiago.

Um dia após uma bomba explodir em uma estação de metrô de Santiago, uma nova explosão atingiu o Chile nesta terça-feira (9). Uma funcionária de limpeza ficou ferida devido à explosão de uma bomba de fabricação caseira em um supermercado em Viña del Mar, no Chile, segundo informaram nesta quarta-feira fontes policiais.
A explosão ocorreu durante a noite em um supermercado da cadeia Tottus, localizado no setor Gómez Carreño da cidade, a 125 quilômetros de Santiago.
A ferida foi identificada como Edith Mardones Gamboa, de 43 anos. A funcionária sofreu danos auditivos e outras lesões causadas pela explosão, segundo informações divulgadas pela agência Efe.
O artefato explosivo foi confeccionado com uma garrafa plástica, ácido e papel alumínio, disse o policial Rodrigo Loyola, acrescentando que a bomba não continha estilhaços e causou apenas barulho, informa a agência Reuters.
Governo diz que explosão perto da estação de metro foi «um ato terrorista» (foto AP)

Rússia realiza com sucesso teste de míssil nuclear intercontinental 

Governo acredita que modelo poderá manter paridade militar com os EUA





O submarino nuclear russo Vladimir Monomaj efetuou nesta quarta-feira (10) com sucesso um lançamento de teste do foguete intercontinental Bulava (Maza), informou o Ministério da Defesa da Rússia.
"O lançamento foi realizado em posição de imersão dentro do programa de testes estatais do armamento e dos sistemas vitais do submarino nuclear Vladimir Monomaj", declarou o porta-voz de Defesa, general Igor Konashenkov, citado pelas agências russas.
O míssil foi disparado das águas do mar Blanco. As cargas atingiram o polígono de Kura, na península de Kamchatka, a milhares de quilômetros de distância de onde estava o submarino.
Os Bulava são capazes de levar até dez ogivas nucleares de guia individual, têm oito mil quilômetros de alcance e, segundo Moscou, podem burlar qualquer escudos antimísseis, incluindo o americano.
O míssil R30 3M30 Bulava-30 (SS-NX-30, segundo a classificação da Otan, e RSM-56 nos tratados internacionais) é uma versão naval do míssil balístico intercontinental em terra Topol.
A Rússia acredita que os Topol e os Bulava permitirão ao país manter a paridade nuclear com os Estados Unidos pelo menos durante o próximo meio século.
No entanto, os frequentes fracassos nos testes do Bulava (8 dos 19 lançamentos realizados foram considerados fracassados) suscitaram dúvidas sobre sua confiabilidade.
Os submarinos nucleares, a aviação estratégica e os mísseis intercontinentais formam a tríade nuclear russa no programa de rearmamento russo, que tem orçamento de R$ 1,6 trilhão (US$ 700 bilhões) em armamento até 2020. 

domingo, 7 de setembro de 2014

Instável, internet gratuita em ônibus de SP agrada passageiros

Wi-Fi é de graça e desbloqueado, mas conexão oscila e velocidade é baixa.
Usuários aprovam internet livre e ar-condicionado dos novos ônibus

O ajudante de montagem Leandro Francisco, 20: "eu estou usando [a internet] para tudo" (Foto: Amanda Previdelli/G1)

em ônibus com wi-fi que circulam em São Paulo apontaram sinal instável ou com lentidão: houve dificuldade em realizar tarefas simples como postar foto em rede social ou enviar mensagens de texto. Apesar das instabilidades na rede 3G oferecida, passageiros aprovaram a conexão gratuita que está disponível desde terça-feira (2).
O serviço está disponível em apenas quatro novos veículos em duas linhas que circulam na Zona Sul (875P Terminal Campo Limpo - Paraíso e 809P-10 - Terminal Campo Limpo - Terminal Pinheiros).
“Às vezes cai, mas é melhor que usar o 3G do celular, né?”, disse a tesoureira Rose Meire Leite, de 36 anos.

O serviço é responsabilidade da concessionária SP Urbanuus, que opera os ônibus da Viação Campo Belo, e contratou o serviço de internet. Na terça-feira, o prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) disse que a internet seria um modo de tornar a viagem do trabalhador “útil”, já que ele poderia adiantar o serviço ou suas leituras de dentro do ônibus.
Download
A velocidade já seria baixa para atividades como ver vídeos no YouTube se ela se mantivesse constante, mas essa foi a maior velocidade disponível. Nos testes, ela chegou a ser de 0,17 Mbps, no horário de pico e com o ônibus lotado. Por usar tecnologias de rede de celular, o Wi-Fi do ônibus também depende da localização do veículo e do sinal oferecido pela operadora na região.
As amigas Rose Meire Leite e Orizete Tesce, que acharam os novos ônibus "chiques" (Foto: Amanda Previdelli/G1)As amigas Lúcia Saporito e Orizete Tesce,
que acharam os novos ônibus 'chiques'
Segundo a concessionária SP Urbanuus, a velocidade contratada é de 2,4 MB, o equivalente a 19,2Mbps. “Ela permite acesso simultâneo e de qualidade a 46 passageiros. Acima disso a velocidade reduz”, informou a empresa. Os ônibus articulados, ainda segundo a própria empresa, têm lotação máxima de 200 passageiros (56 assentos e 144 em pé).
A informação de que a velocidade da internet dos ônibus é de 2,4MB compartilháveis foi confirmada pela responsável pela tecnologia, instalação, manutenção e suporte dos modens, a empresa Vero Tecnologia. A Nextel, fornecedora do chip de internet, não respondeu aos questionamentos da reportagem.
Upload
Nos testes de velocidade de upload – quando o internauta “posta” ou envia algo - o desempenho foi pior. É comum, porém, que na contratação de serviços a velocidade de upload seja de fato inferior a de download, mas em diversos momentos a velocidade chegou a zero dentro do coletivo. Isso significa, como a equipe de reportagem constatou, tarefas como mandar mensagem pelo Whatsapp, compartilhar um novo status no Facebook ou postar uma foto no Instagram se tornam impossíveis.

A reportagem, que em momentos conseguiu visualizar imagens tranquilamente no Instagram, com o ônibus longe de sua lotação máxima, em outros não conseguiu postar uma foto na rede social. Uma mensagem enviada pelo popular aplicativo Whatsapp chegou a levar 10 segundos para ser enviada ao servidor (quando aparece aquele primeiro sinal abaixo da mensagem), mensagens com imagens mostravam falha e não eram enviadas. Um post no Facebook levou cerca de 10 segundos para ser publicado. Após erros sucessivos, sites levaram quase um minuto para carregar.

A SPUrbanuss, responsável pela Viação, respondeu que "a empresa responsável informou que a velocidade da internet funciona bem sendo compartilhada por uma média 40 usuários. Em vista de que sites com conteúdo adulto e downloads serão bloqueados, acreditamos na proposta da empresa, já que assim a internet ficará “mais leve”. Pesquisas também apontam que a grande maioria dos usuários usam mais as redes sociais como Facebook e Whatsapp, apps que não demandam de tantos MB. Podendo assim usar uma internet com boa qualidade", informou em nota.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Ucrânia perde aeroporto e diz que Rússia iniciou 'grande guerra'

Putin pede a UE que tenha bom senso, em meio à ameaça de mais sanções contra Moscou; Otan cogita força militar de reação rápida.


Confronto continua se concentrando em Lugansk e Donetsk, no leste ucraniano (Foto: Reuters)
Confronto continua se concentrando em Lugansk e Donetsk, no leste ucraniano (Foto: Reuters)O Ministro da Defesa da Ucrânia, Valeriy Heletey, disse nesta segunda-feira (1) que o país é palco de uma "grande guerra" provocada pela Rússia, que, segundo ele, teria iniciado uma ofensiva militar de “larga escala” no país vizinho.
A declaração foi feita no mesmo dia em que as autoridades ucranianas admitiram ter perdido o controle sobre o aeroporto de Lugansk (leste da Ucrânia), ao se verem obrigadas a retirar suas tropas do local – que, dizem, estava sob cerco de tropas russas.
“Uma grande guerra chegou à nossa casa, uma guerra jamais vista na Europa desde a Segunda Guerra Mundial. Infelizmente, as vidas perdidas em guerras como essa chegam não só a centenas, mas a milhares e até dezenas de milhares”, disse Heletey no Facebook.
Ainda de acordo com o Ministro da Defesa ucraniano, o governo russo foi obrigado a começar a intervenção em grande escala porque a força militar da Ucrânia estava “ganhando terreno no leste do país”, onde, além de Lugansk, fica a cidade de Donetsk, outro foco de combates.
Enquanto isso, a Rússia segue negando sua participação militar na Ucrânia e diz que não está enviando soldados para o país vizinho.
A última rodada de negociações para resolver a crise – realizadas em Minsk, capital da Belarus -, envolvendo membros do governo ucraniano e russo, além de líderes dos rebeldes separatistas, terminou sem que se chegasse a nenhum acordo.
Alemanha
Reagindo aos últimos desdobramentos, a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, disse que estava claro que os choques no leste da Ucrânia nunca foram uma questão interna ucraniana, mas sim um conflito entre Rússia e Ucrânia.
Merkel ressaltou que Berlin estava pronta para adotar mais uma rodada de sansões contra Moscou, mesmo que isso venha a ter consequências negativas sobre a economia alemã.
O presidente da Alemanha, Joachim Gauck, foi além. Ele disse que a Rússia optou em encerrar sua parceria com a Europa ao buscar impor o que chamou de “nova ordem” no continente.
Por sua vez, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu à União Europeia que mostre “bom senso” e não siga em uma escalada de sanções contra a Rússia que possam ser mutualmente prejudiciais.
Resposta da Otan
Também nesta segunda-feira, a Otan indicou que planeja criar uma força militar de resposta rápida, mobilizando milhares de soldados, para proteger o leste europeu.
Segundo o secretário-geral da entidade, Anders Fogh Rasmussen, tais tropas poderiam ser mobilizadas no local necessário em apenas 48 horas, se for necessário.
A resposta da Otan vem depois de membros da organização no leste europeu e dos países bálticos terem sinalizado preocupação com o que enxergam como “ambições russas” na sequência da contínua crise na Ucrânia.
Rasmussen disse que todo o apoio militar seria pré-posicionado em países membros da Otan do leste europeu como parte de um “Plano de Ação Instantânea”, que permitiria o rápido envio das tropas.
Isso faria com que a aliança militar do ocidente se tornasse uma presença mais visível no leste da Europa e “reparadora, rápida e mais flexível para se ajustar a todos os tipos de desafios de segurança”, disse o secretário-geral da Otan a jornalistas em Bruxelas.
Rasmussen disse que novas medidas estão sendo tomadas “não porque a Otan quer atacar ninguém, mas porque o perigo e as ameaças estão mais presentes e mais visíveis (…) nós vamos fazer o que for preciso para defender nossos aliados”.
Para o analista diplomático da BBC Jonathan Marcus, a mudança apresentada por Rasmussen é parte de uma reforma mais ampla das forças de reação da Otan que, segundo os funcionários organização, não é exclusivamente ligada a Ucrânia.
“Para uma força dessas ser efetiva, serão necessários testes regulares. Além disso, representantes da Otan dizem que quartéis e outros ‘facilitadores’ (elementos- chave para a logística da ação, por exemplo) precisarão estar perto de áreas de ‘ameaças em potencial’ - o que, na prática, significa as fronteiras leste e sul da Otan".