quinta-feira, 20 de novembro de 2014

CPI mista da Petrobras é prorrogada até 22 de dezembro

Parlamentares terão mais três semanas de trabalho até entrega do relatório final da comissão
O requerimento de prorrogação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da Petrobras foi lido nesta quinta-feira (20) no plenário do Senado. A comissão, que .encerraria as atividades já no próximo domingo (23), vai manter os trabalhos até o dia 22 de dezembro, quando o Legislativo entra em recesso parlamentar.

O requerimento continha 29 assinaturas de senadores — eram necessárias 27, no mínimo — e 218 de deputados — eram necessárias 171. A CPMI deveria se encerrar até o próximo domingo (23), mas os parlamentares que a compõem pretendem ouvir novos depoimentos e analisar as informações de sigilos fiscal, bancário e telefônico, que serão quebrados. Com isso, o relatório final do deputado Marco Maia deve ser apresentado em dezembro, para ser votado dentro do novo prazo.

A CPMI investiga denúncias de irregularidades na empresa, em especial as referentes à Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que resultou, até agora, na prisão de ex-diretores da petroleira e de executivos de empresas fornecedoras de serviços. A principal denúncia diz respeito ao pagamento de propina a diretores da Petrobras indicados por políticos para os cargos.

Com a prorrogação, o presidente da CPMI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), disse esperar que o relatório final seja apresentado até o dia 13, de modo que os parlamentares tenham pouco mais de uma semana para ler e discutir eventuais mudanças no texto. Segundo Vital, um acordo para votação de relatório é sempre difícil e requer tempo.
— Um relatório de uma comissão parlamentar de inquérito é algo dificílimo de ser feito para ter maioria. E é esse o trabalho que o deputado Marco Maia vai fazer. Uma das coisas que nós vamos tratar na CPMI é a questão do decreto lei que prevê a flexibilização dos processos licitatórios pela Petrobras. Acho que isso precisa ser parte do relatório, e eu ouvi do deputado Marco Maia que ele vai fazer.

Dilma diz que governo não vai inibir investigações sobre Petrobrás



BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira que o governo não faz nenhum tipo de pressão para inibir a operação Lava Jato da Polícia Federal, que investiga um suposto esquema de corrupção na Petrobras, e que o país sairá mais forte deste processo por respeitar as regras do estado de direito.
"Polícia Federal e Ministério Público, instituições do Estado brasileiro, estão investigando corruptos e corruptores e não há qualquer tipo de pressão do governo para inibir as investigações", disse Dilma em discurso na Conferência Nacional de Educação, em Brasília.
A Petrobras está no centro das investigações da operação Lava Jato, deflagrada em março para desmantelar um suposto esquema de lavagem de dinheiro, que seria comandado pelo doleiro Alberto Youssef. Em delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa revelou um suposto esquema de corrupção na estatal. Os recurso desviados, segundo o ex-diretor, seriam divididos entre os operadores do esquema e partidos políticos aliados, como o PP, PMDB e PT.
Na semana passa, a PF prendeu mais um ex-diretor da Petrobras e executivos de várias empreiteiras que têm contratos com a estatal.
Dilma tem dito a assessores e aliados próximos que está muito preocupada com as consequências das investigações para a empresa e para a economia do país.
"Não tive, nunca terei tolerância com corruptos e corruptores", disse Dilma nesta quinta.
"O Brasil sairá muito mais forte desse processo, mais forte ainda por respeitar as regras do Estado de direito que vivemos".


Coreia do Norte faz ameaças nucleares após votação na ONU

País prometeu realizar novo teste nuclear.
Resolução da ONU é primeiro passo para levar regime a tribunal.




A Coreia do Norte ameaçou nesta quinta-feira (20) realizar um novo teste nuclear em resposta a uma resolução da ONU que constitui um primeiro passo para levar o regime comunista ante a justiça internacional por crimes contra a Humanidade.
Ao mesmo tempo, imagens feitas por satélites mostram que a Coreia do Norte poderia estar colocando em funcionamento uma fábrica de reprocessamento destinada à extração de plutônio de qualidade militar em seu complexo nuclear de Yongbyon.
A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Geral da ONU votou na terça-feira uma resolução na qual solicita ao Conselho de Segurança que recorra ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para denunciar crimes imputados ao regime norte-coreano.
Esta resolução é uma das tentativas de chamar a atenção de Pyongyang perante a comunidade internacional.
"Esta agressão pelos Estados Unidos não permitirá uma abstenção por muito mais tempo de um novo teste nuclear", acrescentou em um comunicado.
"Nossa capacidade de dissuasão militar será reforçada para nos proteger contra qualquer intervenção militar dos Estados Unidos e qualquer tentativa de invasão armada", ressaltou.
A Coreia do Norte realizou três testes nucleares, o último em fevereiro de 2013.
Moscou considerou, por sua vez, que a resolução da ONU é contra-producente.
"A nosso ver, é contra-producente tentar fazer declarações ruidosas através de resoluções conflituosas na Assembleia Geral da ONU e no Conselho de Direitos Humanos", declarou o ministro russo das Relações Exteriores, Sergeui Lavrov, após um encontro em Moscou com o emissário especial do líder norte-coreano Kim Jong-Un.
O governo sul-coreano, através de um comunicado do ministério da Defesa, informou que suas Forças Armadas estão alertas e não 'tolerarão qualquer provocação'.
O texto da ONU, não vinculativo, é baseado em um relatório de 400 páginas, concluído após uma longa investigação sobre as violações dos direitos Humanos na Coreia do Norte, "inigualável no mundo contemporâneo".
Durante um ano, os investigadores coletaram os testemunhos de exilados norte-coreanos e documentaram uma rede de campos de prisioneiros, onde ocorrem torturas, execuções extrajudiciais e estupros.
O relatório estima que a responsabilidade por essas violações, que constituem crimes contra a Humanidade, é das mais altas autoridades do Estado.
As autoridades norte-coreanas temem que Kim Jong-Un seja acusado perante o TPI, mesmo que o líder se recuse a comparecer voluntariamente.
A resolução deve ser estudada em dezembro por toda a Assembleia Geral da ONU.
Mas a chave do processo está nas mãos do Conselho de Segurança da ONU, onde é provável que a China, principal aliado da Coreia do Norte, e Rússia exerçam seu direito a veto.
Neste contexto, imagens captadas recentemente por satélites mostram nuvens de vapor sobre uma usina de reprocessamento de combustível em Yongbyon, segundo os pesquisadores do Instituto EUA-Coreia da Universidade Johns Hopkins de Washington.
Isso poderia indicar que os norte-coreanos estão preparando a reativação da fábrica de reprocessamento de combustível do reator que produz plutônio que pode entrar na composição de uma bomba atômica.
Fechada em 2007 sob um acordo de "apoio ao desarmamento", o reator pode produzir, em princípio, seis quilos de plutônio por ano, o suficiente para fazer uma bomba nuclear, de acordo com especialistas estrangeiros.
A Coreia do Norte usou uma parte de seu estoque de plutônio para dois de seus três testes nucleares e ainda tem reservas suficientes para produzir seis bombas nucleares, de acordo com especialistas estrangeiros.

Jihadistas não vencerão em cidade curda de Kobane, dizem EUA

Coordenador de coalizão internacional disse que EI está 'afundando'.
Ofensiva na cidade síria já deixou cerca de 1,2 mil mortos.

Explosão é vista na cidade síria de Kobane nesta segunda-feira (17) (Foto: Osman Orsal/Reuters)

O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) está "afundando" na cidade síria curda de Kobane e não conseguirá assumir seu controle, considerou nesta quinta-feira (20) o coordenador americano da coalizão internacional que combate o EI.
"A partir de muitos pontos de vista, o EI tem afundado em Kobane", declarou o general John Allen, em entrevista publicada nesta quinta-feira no jornal turco Milliyet, por ocasião de sua visita à Ancara.
"Assim como eles continuam a enviar combatentes, nós iremos continuar a bombardeá-los, cortar suas linhas de suprimento e interromper sua cadeia de comando e controle e, ao mesmo tempo, fazer tudo o que pudermos para apoiar os defensores" curdos da cidade, acrescentou.
"O EI acabará por perceber que não vencerá essa batalha", continuou Allen em Milliyet.
Desde o início, em meados de setembro, da ofensiva lançada pelos jihadistas em Kobane (Ain al-Arab, em árabe), cerca de 1.200 pessoas foram mortas, em sua maioria combatentes do EI de milícias curdas que defendem a cidade.
A coalizão intensificou recentemente seus ataques contra alvos do EI em Kobane e conseguiu parar seu progresso.
"Estamos confiantes de que nossos ataques aéreos mataram mais de 600 homens do EI", acrescentou o oficial americano. "Acho que se eles não se retirarem este será o sinal de que a sua 'marcha para a vitória' atingiu seu ponto culminante".
"Em verdade, temos constatado que eles não são absolutamente invencíveis", concluiu Allen.
Questionado sobre as atuais divergências entre os Estados Unidos e a Turquia sobre sua política na Síria, o general considerou ser necessário "levar em conta os interesses nacionais da Turquia e suas demandas".
Ao contrário de Washington, o governo islâmico-conservador turco recusa-se a intervir militarmente para apoiar os defensores curdos de Kobane, por medo de que esse apoio beneficie o regime em Damasco, seu inimigo, e os rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que conduzem em uma rebelião na Turquia desde 1984.
Ancara exige a criação de uma zona-tampão e de uma zona de exclusão aérea em sua fronteira com a Síria, bem como um ajuda à oposição síria moderada.

Ebola já matou 5.420 pessoas e infectou 15.145, segundo OMS

Em cinco dias, houve aumento de 732 infectados e 243 mortes.
Incidência de novos casos parou de subir na Libéria e na Guiné.

Profissionais da saúde posam para foto na Guiné, em 18 de novembro (Foto: AFP Photo/Cellou Binani)
A atual epidemia de ebola matou 5.420 pessoas, de um total de 15.145 infectados, de acordo com balanço divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quarta-feira (19). O balanço leva em conta os casos confirmados, suspeitos e prováveis registrados até o dia 16 de novembro. Em cinco dias, desde o último balanço divulgado pela organização, houve um aumento de 732 infectados e 243 mortes.
Continua havendo transmissão intensa da doença em Guiné, Libéria e Serra Leoa, na África Ocidental. A incidência de casos já parou de subir na Guiné e na Libéria, mas continua aumentando em Serra Leoa, segundo a OMS.
No Mali, foram reportados 6 casos da doença, entre confirmados e prováveis, e cinco mortes. Esses casos não estão relacionados ao primeiro caso da doença registrado no país, o de uma menina de dois anos vinda da Guiné, que morreu em 24 de outubro.
Veja detalhes dos locais com contaminação:
Guiné: São 1.971 casos, entre confirmados, prováveis e suspeitos. Ao todo, morreram 1192 pessoas.
Libéria: São 7.069 casos, entre confirmados, prováveis e suspeitos. Ao todo, morreram 2.964 pessoas.
Serra Leoa: Foram 6.073 casos, entre confirmados, prováveis e suspeitos. Ao todo, morreram 1.250 pessoas.
Mali: Fouve 6 casos, entre confirmados e prováveis. Morreram 5 pessoas.
Espanha: Houve apenas um caso confirmado, o da enfermeira Teresa Romero, que já foi curada.
Estados Unidos:  Houve quatro casos da doença. Um dos pacientes morreu e três outros foram curados.
Nigéria: Foram 20 casos de ebola, entre confirmados e prováveis, que levaram a 8 mortes. O país já foi declarado livre da doença.
Senegal: Houve apenas um caso da doença e o paciente se recuperou. O país já foi declarado livre da doença.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

A partir do dia 2, celulares terão nono dígito em cinco estados

                                                          Brasília - Ligação de telefone fixo para celular ficará 13% mais barata em março (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
A partir do dia 2 de novembro, o número dos telefones celulares no Amapá (DDD 96), no Amazonas (DDDs 92 e 97), no Maranhão (98 e 99), Pará (91, 93 e 94) e de Roraima (95) terão acrescidos o dígito 9 à frente dos números atuais. O anúncio foi feito hoje (30) pela Agência Nacional de telecomunicações (Anatel).
A medida terá início à meia-noite (horário de Brasília) e abrangerá, 453 municípios: 16 no Amapá, 53 no Amazonas, 217 no Maranhao, 143 no Pará e 15 em Roraima. “Estamos dando sequência à padronização que fizemos com sucesso em São Paulo, no Espírito Santo e Rio de Janeiro” disse o presidente da Anatel, João Batista Rezende.
A fim de facilitar a transição, para os usuários, serão feitos comunicados pelos jornais, nos portais das operadoras, nas faturas de serviços e nas redes sociais. Também serão enviadas mensagens por SMS. Além disso, a Anatel disponibilizou em seu site uma cartilha detalhando como será o processo de transição.

Os números atuais, com oito dígitos, continuarão a funcionar por dez dias. “A chamada será completada durante um período de duplo convívio [dos números] até o dia 11 de novembro, mas sugerimos que priorizem os nove dígitos”, disse Maya.
De acordo com o superintendente de Obrigação e Recursos à Prestação da Anatel, Marconi Maya, é possível a ocorrência de instabilidades eventuais nos primeiros momentos de transição, no dia 2, mas não será significativo, que venha a dar problema para o consumidor.
A partir do dia 12 até 9 de fevereiro, chamadas feitas com oito dígitos serão interceptadas, e uma mensagem sonora informará sobre a necessidade de se colocar o 9 à frente do número.
“Fica a critério da operadora completar a chamada”, disse o superintendente da Anatel. Segundo a agência, ocorrem 20 milhões de acessos nessas áreas onde será feita a mudança. “Este nono dígito ampliará a oferta de números, já que beiramos os 270 milhões de acessos em todo o país”, explicou Rezende.
Está prevista para 31 de maio de 2015, a inclusão do nono dígito nos estados de Alagoas, Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí. A partir de 11 de outubro de 2015 – será a vez de Minas Gerais,  da Bahia e de Sergipe. Até o final de 2016, todo o território nacional terá o nono dígito, com a inclusão do Paraná, de Santa Catarina,  do Rio Grande do Sul, de Rondônia e do Acre, além da Região Centro- Oeste.
A Anatel informa que a medida demandará eventuais ajustes em equipamentos e sistemas privados como equipamentos de PABX e agendas de contatos. As operadoras prometem disponibilizar um aplicativo quer fará uma mudança automática nas agendas dos celulares.
A previsão para fazer as alterações na Região Norte é  R$ 58 milhões. Em São Paulo foram necessários R$ 300 milhões em investimentos, e no Rio de Janeiro e Espírito Santo R$ 80 milhões.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

21/10/2014 09h25 - Atualizado em 21/10/2014 16h21

Dólar opera em alta após pesquisa mostrar vantagem de Dilma

Logo no início dos negócios, dólar chegou a R$ 2,50.
Na véspera, a moeda norte-americana subiu 1,28%, a R$ 2,4637.


O dólar opera em alta nesta terça-feira (21), após
pesquisa Datafolha de intenções de voto mostrar pela primeira vez a presidente Dilma Rousseff (PT) em vantagem numérica contra Aécio Neves (PSDB) no segundo turno das eleições, empatados no limite da margem de erro. No início dos negócios, segundo a agência Reuters, a cotação chegou a R$ 2,50.
Por volta das 16h20, a moeda norte-americana avançava 0,44%, a R$ 2,4745 na venda. Veja cotação.
Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 1 mil contratos para 1º de junho e 3 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a  US$ 196,7 milhões. O BC também vendeu a oferta total de até 8 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 3 de novembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 67% do lote total, equivalente a US$ 8,84 bilhões de dólares.

dólar fechou em alta na segunda-feira (20), após passar a maior parte do dia operando em alta. A moeda norte-americana subiu 1,28%, a R$ 2,4637. No mês, o dólar acumula alta de 0,64% e no ano, de 4,5%.
Queda na Bovespa
Enquanto o dólar sobe, a Bovespa recua na manhã desta terça-feira. Por volta do mesmo horário, o Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, caía perto de 3%, puxado pelo recuo de 8% das ações da Eletrobras e pela baixa de 7%, da Petrobras. Os papéis da BM&FBovespa e do Bradesco também apareciam entre as maiores perdas.